terça-feira, 11 de setembro de 2012

UMA ESCOLA CHAMADA MAZOLA


Uma das maiores bênçãos da minha vida é trabalhar como vereador de São Carlos em três mandatos. Porém, este último, o único que entrei como suplente, tem um sabor muito especial para a minha carreira política. Por consequência do destino eu substituí o vereador Dorival Antonio Penteado, o popular Mazola, que infelizmente, veio a falecer no dia 1 de setembro de 2011. Entrar no lugar de algum colega já é uma coisa bastante difícil, pois você tem que seguir um padrão relacionado com os trabalhos anteriores, mas, suprir um político da magnitude de Mazola, se traduz numa responsabilidade grandiosa.

Natural da vizinha e querida Ibaté, a cidade Encanto do Planalto, Mazola construiu a sua vida na Capital Nacional da Tecnologia. Estudante da Escola Infantil Cônego Manoel Tobias, na magnífica região da Vila Nery, o garoto era craque de bola, onde ganhou este apelido inspirado no jogador da seleção. Colaborando com o sustento de sua família trabalhou como entregador de pães aos 11 anos, auxiliar de marcenaria aos 14 e manobrista, dos 19 aos 24.  Em 1965 foi convidado pelo amigo Zezinho De Meo para trabalhar no Hotel Ferraretto, depois Hotel Vila Rica (atual sede da Prefeitura).

No ano de 1975 exerceu atividades como instrutor na Auto Escola Mancuso, sendo que no ano seguinte comprou a Auto Escola Mimo, em sociedade com Luiz Geraldo Nineli.  Em 1980 montou a Auto Escola Mazola, uma das mais famosas da cidade, incluindo técnicas inovadoras e instrutores de alto gabarito. Também exerceu a função de servente escolar concursado, formou-se técnico em Contabilidade e depois em professor de Geografia, História, Estudos Sociais e Pedagogia. Lecionou Geografia na rede estadual de ensino e por 12 anos foi diretor das escolas estaduais Aracy Leite Pereira Lopes e Orlando Perez, onde se aposentou em 2000 por tempo de serviço.

Na política iniciou sua belíssima carreira filiando-se ao PMDB. Em 1982 foi eleito vereador regressando nos mandatos de 1988 (o mais votado), 1992 e 1996. Foi presidente da Câmara Municipal no biênio 1993-1994 e durante diversos mandatos ocupou cargos nas principais comissões técnicas do Legislativo. Em 2000 aceitou um novo desafio e foi candidato a vice-prefeito, na chapa encabeçada por Dagnone de Melo. No ano de 2004 se filiou ao PSDB reconquistando uma cadeira parlamentar. Em 2006 recebeu 32 mil votos concorrendo a deputado estadual. Em 2008 foi eleito para cumprir o seu sexto mandato.

Como se percebe, Mazola não possui um simples currículo, e, sim, uma maravilhosa folha corrida de serviços prestados para nossa população, principalmente, a mais carente. Por esta razão, este mandato está sendo um imenso desafio, pois não se trata, apenas, de substituir um querido colega, mas, sim, ter a dignidade de continuar um trabalho que ajudou muitas famílias. Mas, o grande presente que eu ganhei é o apreço da família Mazola, que na figura de sua esposa (Soeli na foto abaixo), filhas, irmãos e sobrinhos estão defendendo os valores e o legado de Mazola. São Carlos perdeu um grande herói e eu fui abençoado com uma nova família. Que lá do céu, Mazola continue nos protegendo. Amém!




domingo, 12 de agosto de 2012

CARTA ABERTA AOS HERÓIS BRASILEIROS


São Carlos, 12 de Agosto de 2012.

Querido Atletas Brasileiros:

Simbolizado na delegação que representou o Brasil nas Olimpíadas de Londres desejo que esta mensagem atinja todos os atletas de meu País, que pratiquem qualquer modalidade esportiva, sendo de forma amadora ou profissional. Nunca fui um esportista praticante, mas como político já acompanhei por inúmeras vezes, as enormes dificuldades que um atleta enfrenta, desde a rigorosa carga de treinos, passando pelas constantes contusões e a falta de um efetivo apoio financeiro. Para conquistar um nível de investimento satisfatório o atleta tem que ganhar um torneio de grande destaque, com o intuito do seu nome ganhar certa visibilidade na mídia e, assim, atrair patrocinadores.

Neste contexto percebemos que o título de campeão ou a medalha de ouro reside, apenas, num detalhe, pois o esforço de um atleta inicia na madrugada de cada dia e o seu treinamento não finaliza com a disputa de uma competição. Por isto, respeito bastante o desabafo da técnica da seleção brasileira feminina de judô, Rosicleia Campos, que foi totalmente contra as críticas que os judocas receberam em Londres. É totalmente injusto avaliar um atleta pela sua classificação, pois não podemos esquecer vários detalhes como o sacrifício físico, o equilíbrio emocional e o nível técnico do adversário, que por diversas vezes, vem de um País que concede todas as benesses para o seu desenvolvimento esportivo, como os Estados Unidos, a China, a Rússia e a Grã Betanha.

Como sãocarlense eu obtive o enorme privilégio de conhecer Maurren Maggi, Nenê Hilário, Reinaldo Colucci, Mônica de Paula, Carla Moreno, Fábio Aurélio, José Roberto Guimarães, entre tantos outros campeões que nasceram ou treinaram em São Carlos. Como vereador em diversos mandatos assisti por várias vezes, as dificuldades destes atletas e o desespero de seus técnicos, que chegavam a colocar dinheiro do próprio bolso para que os seus pupilos participassem das competições. Sei que não é da cultura do brasileiro, mas deveríamos exaltar toda delegação brasileira que viajou para Londres, independente dos resultados alcançados.

Só o ato de doar uma juventude inteira em prol de competir pelo seu País, já transforma estes simples cidadãos em heróis. Somado a tudo isto temos que considerar a completa falta de apoio do governo brasileiro, que, apenas, se preocupa com os holofotes e as construções de caríssimas arenas, que torram o dinheiro público em suntuosos esquemas de corrupção. Já, os nossos atletas lutam pela sobrevivência do dia a dia, se machucando nos treinos, se aprimorando a cada nova técnica e garimpando uma vitória que lhes concedam uma vida digna de ouro. Em 2016, o Rio de Janeiro será o palco, mas os artistas principais serão vocês e com toda certeza terão a nossa total e irrestrita torcida. Avante Brasil!

Marco Antonio Amaral
                                                                                           Vereador - PSDB

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

UMA CIÊNCIA TRANSFORMADA EM ARTE



A Política é um assunto que poucas pessoas assumem ter alguma simpatia e muitos ficam cabisbaixos ao admitirem, que aspiram servir a uma vida pública. Apesar da importância do voto ser crucial para o destino de toda uma nação, poucos brasileiros se interessam por este tema desconhecendo que esta atitude fortalece a chance dos desonestos de corromper o sistema utilizando ferramentas mercadológicas e demagógicas, que conseguem enganar uma ampla maioria da população. O problema da Política não está na sua fórmula, mas, sim na forma como ela foi adotada no Brasil, onde muitos fingem não querer saber e, poucos, se aproveitam desta ignorância coletiva para usufruir das benesses do Poder.

É fundamental esclarecer, que a Política é uma ciência responsável por organizar nossa sociedade, em seus diversos âmbitos evitando a instalação do caos e incentivando a harmonia entre as opiniões diferentes. Além da liberdade de expressão, sua finalidade é defender todo território nacional e promover o bem social dos cidadãos. Esquecemos que fazemos Política a todo instante, seja com a nossa família, entre os companheiros de faculdade, nos debates com os colegas de trabalho envolvendo todas as nossas atividades do cotidiano. Quando esquecemos nossos valores ou desistimos de nossos ideais perdemos a oportunidade de modificar algo, onde os nossos direitos são sucumbidos pelos mais gananciosos.

De certa maneira, todo este conjunto de complexidades transmuta a Política de uma Ciência para Arte, pois todos os cidadãos com coragem de se candidatar estão expondo a sua própria vida e de seus parentes mais queridos. Não é uma missão fácil agradar comunidades, classes sociais e organizações civis tão diferentes entre si, cada qual, lutando pelos seus interesses mais do que legítimos. Nosso propósito final é viver numa cidade melhor e, para isso, precisamos de políticos que nos represente, onde precisamos avaliar com total consciência, os candidatos que elegemos para os poderes Executivo e Legislativo. Temos de fazer valer o nosso voto, a nossa voz e a nossa vez. Este é o grande segredo!